Realizar uma intervenção cirúrgica estética pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um anseio de muitas pessoas, especialmente daquelas que acreditam possuir alguma imperfeição. Essas cirurgias podem ter propósitos estéticos ou reparadores, abrangendo situações como queimaduras, traumas e fraturas.

Compreender os requisitos para obter uma cirurgia plástica pelo SUS pode economizar significativamente o tempo daqueles que buscam apenas procedimentos estéticos, em oposição a cirurgias reparadoras que visam melhorar a qualidade de vida ou tratar condições específicas. A distinção entre ambas é fundamental.

Para submeter-se a uma cirurgia plástica pelo SUS, é necessário que o cidadão tenha paciência, pois as filas para esse tipo de procedimento costumam ser extensas. Aqueles que desejam entrar na fila devem preencher os pré-requisitos estabelecidos para serem contemplados com a intervenção cirúrgica.

O que é o SUS?

O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por garantir, conforme a Constituição de 1988, o acesso à saúde a todos os brasileiros. Reconhecido mundialmente, o SUS é considerado um dos maiores e mais complexos sistemas públicos de saúde em todo o continente.

De acordo com a Constituição, a saúde é um direito básico, sendo dever do Estado oferecer a todos os cidadãos acesso pleno e gratuito à saúde, sem distinção de credo, etnia, orientação sexual ou classe econômica. O SUS oferece uma ampla gama de serviços de saúde, desde consultas de rotina até transplantes e cirurgias reparadoras.

Categorias de cirurgias plásticas

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as cirurgias plásticas podem ser divididas em duas categorias: aquelas voltadas exclusivamente para preocupações estéticas e as que, além de buscar melhorias estéticas, visam aprimorar a qualidade de vida do paciente.

No caso das cirurgias estéticas, os resultados visam a aparência física do indivíduo, não buscando resolver problemas maiores como traumas ou deformidades congênitas. Alguns procedimentos estéticos conhecidos incluem:

  • Lipoaspiração;
  • Lifting da face;
  • Rinoplastia;
  • Mamoplastia;
  • Abdominoplastia;
  • Etc.

Já as cirurgias reparadoras têm o propósito, além da estética, de corrigir ou melhorar traumas, deformidades congênitas ou adquiridas pelo paciente, abrangendo situações como reconstrução das mamas em casos de câncer, deformações faciais, correção do lábio leporino, entre outras.

Tipos de cirurgias plásticas oferecidos pelo SUS

O Brasil é um dos países que mais realiza procedimentos dessa natureza anualmente, chegando a cerca de 1,2 milhão, o que corresponde a 12% das cirurgias plásticas em todo o mundo. Dado o caráter público do SUS e os custos elevados das cirurgias plásticas, estas estão limitadas principalmente às cirurgias reparadoras, que têm impacto para além da estética.

A lista completa de cirurgias reparadoras oferecidas pelo SUS pode ser consultada no portal da saúde, fornecendo informações específicas para quem precisa ou deseja realizar esses procedimentos. Atualmente, as principais cirurgias reparadoras incluem:

  • Reconstrução das mamas, em caso de câncer;
  • Deformação facial;
  • Correção do lábio leporino;
  • Ginecomastia;
  • Cirurgia de catarata;
  • Mudança de sexo;
  • Laqueadura;
  • Vasectomia;
  • Otoplastia, correção de orelha de abano;
  • Reparo a lesões para vítimas de violência doméstica;
  • Rinosseptoplastia;

Como obter uma cirurgia plástica pelo SUS

Para se candidatar a uma cirurgia plástica reparadora gratuita, é necessário estar cadastrado no SUS e solicitar uma consulta. Se a avaliação médica indicar a necessidade da cirurgia, o interessado deve preencher um requerimento para entrar na lista de espera.

As listas de espera costumam ser longas, mas em casos de emergência, a espera pode ser menor. Caso contrário, o processo pode levar meses ou até anos para ser concretizado. As cirurgias geralmente são realizadas em hospitais escolas, hospitais públicos, clínicas particulares custeadas pelo SUS e hospitais universitários, como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Faculdade de Medicina da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) ou a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Resumo:

  • Hospitais escolas;
  • Hospitais públicos;
  • Clinicas particulares, custeadas pelo SUS;
  • Hospitais universitários como, por exemplo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Faculdade de Medicina da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) ou Universidade Federal do Paraná(UFPR).

É crucial relatar todas as consequências físicas e psicológicas ao médico, a fim de que a urgência e necessidade da cirurgia sejam compreendidas. Em situações em que a deformidade cause transtornos psicológicos, como no caso de orelhas de abano, cirurgias estéticas podem ser realizadas pelo SUS.